A grande verdade é que, se pararmos para nos analisar, perceberemos que não temos medo da pobreza, como muitos acham, mas, sim, da riqueza. Isso reflete bastante no desejo do ser humano de ser abundante e próspero.
Quando temos pouco dinheiro, é muito mais fácil decidirmos para onde vamos ou o que iremos fazer. Afinal, temos pouco dinheiro na carteira, então, tecnicamente, não temos muitas opções. A programação é fácil, não temos muitas possibilidades para onde e com quem ir, ou o que fazer. Falo por experiência própria.
Com mais dinheiro, conseguimos ter mais acesso. No entanto, um dos maiores problemas em ter muito acesso é sabermos decidir o que iremos fazer.
Assim, passamos a maior parte do tempo dizendo que queremos ser livres, abundantes, prósperos, mas quando isso acaba acontecendo, procuramos a autossabotagem.
Por que nos autossabotamos?
Na psicologia, isso tem um nome: profecia autorrealizável. Há pessoas que vivem dizendo que querem um relacionamento para a vida inteira, um bom emprego, entre outras coisas, mas quando isso aparece, quando dá certo, inconscientemente, sabotam para que possam dizer que foi sorte, que não mereceram.
Quando nos vemos “pequenos”, não merecedores, temos dificuldade em escalar a nossa mensagem, em aumentar a nossa autopercepção, que interfere diretamente na nossa autoestima.
Vivemos dizendo que queremos ser livres, mas temos medo da liberdade, preferimos que alguém diga o que temos que fazer ou decidir.
Os gatilhos mentais exploram essa vulnerabilidade do medo que temos, com o gatilho mental de escassez, por exemplo. Toda vez que o medo está no nosso sistema, ele está relacionado com a escassez.
Como ser abundante?
No momento em que nos vemos como pessoas prósperas, abrimos a nossa vida para a riqueza, prosperidade, liberdade, abundância e oportunidade. Além disso, percebemo-nos como merecedores. E isso não tem a ver com quanto temos na carteira agora.
Precisamos colocar o ser antes do ter, esse é o mindset da prosperidade, riqueza e abundância. No livro “O Jeito Havard de Ser Feliz”, de Shawn Achor, por exemplo, há a comprovação cientifica de que quanto mais feliz formos, mais prósperos e abundantes seremos.
Porém, muitos de nós acreditam que, para sermos prósperos e abundantes, a riqueza precisa vir antes. É o contrário, quanto mais felizes, mais ricos e prósperos. Quanto menos felicidade, mais difícil fica ser próspero.