Como ter motivação e ser constante diariamente?

Ser constante é um dos maiores desafios da atualidade, porque vivemos sem energia para fazer grande parte das coisas. E isso tem um motivo. Se não sabemos como ter motivação no dia a dia, ficamos na procrastinação.

Como ter motivação através da intencionalidade?

Um dos grandes obstáculos da constância é a falta de intencionalidade, que pode afetar o nosso estado de procrastinação.

Quando fazemos algo sem intencionalidade, não sabemos por que o estamos fazendo. Fazer sem saber por que faz é uma das coisas que mais tira energia.

Imagina acordar de manhã sabendo que está acordando por um propósito, algo que é momentaneamente maior do que você!?

Como dito, é um propósito momentâneo, não para a vida, como muitas pessoas escolhem. Assim, podemos criar um para a semana, para o mês, ou seja, trabalhar com micro propósitos.

Estamos usando a palavra propósito, porque ela é uma das que mais se conectam com a emoção.

Quando acordamos de manhã sem saber por que estamos acordando, nada do que fizermos nos emocionará. Agora, quando sabemos o porquê e ele está conectado com algo maior que nós, que nos enche de emoção positiva, isso nos dá energia extra.

Como ter motivação através de ativações?

Logo, as pessoas motivadas têm um nível de energia maior, pois lidam o tempo inteiro com o sistema límbico emocional. Ele dá muito mais energia e tração em lugares de muita tensão.

Uma coisa é colocarmos a nossa vida em jogo por uma causa que acreditamos, dentro da “trincheira”; outra é estarmos dentro da “trincheira” recebendo link patrocinado ou salário, por exemplo, e nos sentindo mal-amados, de alguma forma não valorizados.

Qual desses dois casos terão uma melhor performance dentro de situações de grande tensão? Com certeza não é o mercenário.

O mercenário é aquele que faz algo apenas pelo dinheiro. Aquele que luta pela própria família, pela segurança dos amigos e pela própria sobrevivência, irá mais longe.

Os desafios da vida e do mercado de trabalho chamam por uma série de motivações e ativações feitas ao acordarmos. O problema é que a maioria das pessoas vive sem se ativar, apenas acordam e vão fazer o que tem que ser feito. Assim, no primeiro desafio, desistem.

Investindo em capital emocional

Até mesmo a forma como trabalhamos a resiliência e a não resiliência tem a ver com os nossos estados emocionais. A emoção é a maior parte do sucesso; é estarmos emocionalmente vinculados com aquilo que faremos.

O Google, por exemplo, trabalha o capital emocional das pessoas, dá motivos para que elas queiram dar a alma para a empresa. Como resultado, elas ficam emocionalmente vinculadas com aquele ambiente.

As pessoas querem estar lá e quando entram não querem sair. Para isso, o ambiente precisa promover felicidade em curto, médio e longo prazo.

Tratando-se dos nossos ciclos sociais, será que as pessoas que entram nele querem andar do nosso lado ou querem sair? Primeiramente, temos que nos convencer que estar junto de nós é uma boa atitude; aprender a sermos uma boa escolha para nós mesmos, antes de para os outros.

Como alguém irá comprar o nosso produto ou engajar conosco nas redes sociais, se nem nos engajamos com nós mesmos!?

Temos que lembrar que somos o nosso primeiro e principal produto, assim, a nossa primeira prova social vem dos resultados que damos para nós mesmos. Portanto, para nos mantermos constantes, precisamos estar engajados conosco.

O esforço e a busca por recompensa

A procrastinação vem quando não temos uma relação saudável com a recompensa. São as tarefas que precisamos fazer diariamente, os novos comportamentos que temos que desenvolver, que nos farão encontrá-la.

Infelizmente, na maioria dos casos, queremos a recompensa sem ter que nos esforçarmos, porque a sociedade tem altas doses de dopamina diária com pouco esforço. Isso está hackeando o sistema do triunfo.

Com o sistema do triunfo hackeado, ficamos o tempo inteiro saciados, não precisamos lutar para ter algo, porque temos a dopamina na nossa mão.

Temos ela na pornografia, nos jogos, nas mídias sociais, no delivery de comida, nos supermercados etc. Já se passou o tempo em que precisávamos caçar e lidar com predadores na floresta.

Na época dos nossos antepassados, 80% da atenção era dada ao consumo primário — aquilo que precisamos para sobreviver (sabonete, escova de dentes, papel higiênico, comida básica etc.).

Atualmente, conquistar isso se tronou 10%, pois focamos no consumo secundário — carros, viagens, celular da moda, camisa de grife, balada, Netflix etc.

Assim, sem esforço não há recompensa e, consequentemente, não há dopamina. E, por isso, ficamos desmotivados com facilidade. Esses são alguns pontos que precisam ser percebidos e postos em prática para se ter motivação no dia a dia.

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