São muitas as coisas que influenciam a nossa decisão e implementação de uma mudança de comportamento, seja ela em qualquer área da nossa vida.
As várias ciências ou abordagens do comportamento convergem e divergem em aspectos específicos. Entretanto, tem um aspecto que as faz convergir para o mesmo lugar.
Estamos falamos de desenvolvimento de competência, isto é, a importância e a influência do ambiente adequado quando vamos desenvolver um determinado comportamento.
A influência das relações primárias
Nas relações primárias, ou seja, na infância, até os 7 anos de idade, é onde construímos o nosso repertório comportamental.
Como resultado, nas relações secundárias, na vida adulta, temos uma tendência natural a replicar esses comportamentos.
Ou seja, aquilo que aprendemos na infância conta muito para o tipo de adulto que nos tornaremos no futuro.
Na verdade, essa influência vem do ambiente, nesse caso, familiar; o tipo de estímulo que recebemos na infância.
Na adolescência e na vida adulta, iremos fortalecer ou enfraquecer os “bloqueios” que tivemos na infância, naquele ambiente onde estávamos inseridos.
Até 80% dos “bloqueios” que um adulto tem vem das relações paternas. O restante é da relação com a mãe e com os professores na escola.
Como outras pessoas influenciam na mudança de comportamento?
Esses “bloqueios” são emocionais e não são feitos por má intenção. Muitas vezes, somos “bloqueados” por alguém que gosta de nós e que acha que está fazendo a coisa certa.
No entanto, por algum motivo, temos uma experiência emocional negativa, que gera um “bloqueio” que fortalecemos ou enfraquecemos ao longo da nossa vida.
Uma pessoa “bloqueada” só pode nos “bloquear” ou fortalecer os nossos “bloqueios”. Aquela que é “desbloqueada” pode nos “desbloquear” ou enfraquecer os nossos “bloqueios”.
Então, onde encontramos essas pessoas? No ambiente em que estamos inseridos.
Nesse sentido, a ideia de que somos a média das 5 pessoas mais próximas é verdade. Percebemos isso quando começamos a dar saltos na nossa carreira e na nossa vida.
Tanto é que, quando decidimos melhorar a nossa vida financeira, afetiva ou a nossa saúde, precisamos nos preparar para abandonarmos alguns amigos.
As pessoas têm ritmos e níveis de prioridade em determinadas áreas da vida completamente diferentes.
Por isso, não podemos ficar querendo “arrastar” as pessoas da nossa vida para os lugares positivos que conquistamos nela, seja em qual área for.
Se somos a média das 5 pessoas mais próximas e estamos em um relacionamento afetivo ruim, a chance de elas estarem em um bom relacionamento é baixa.
Porém, para quem vamos pedir um conselho? Exatamente para essas 5 pessoas mais próximas.
Qual a chance de, nesse grupo, ter alguém com um relacionamento positivo para nos dar uma dica, treinamento, estímulo, para termos um comportamento positivo? É muito baixa.
É disso que vem a importância de mudarmos o grupo dentro do nosso repertório de comunicação.
Precisamos utilizar o poder dela para nos conectarmos com pessoas de alto valor; isso é network, rede de relacionamentos.
O conteúdo que consumimos
A mudança que queremos promover na nossa vida está em um conteúdo que ainda não assimilamos, uma “chave” que não pegamos ou código que não aplicamos.
Todo o conteúdo que nós consumimos nos trouxe até aqui, mas onde está aquele que nos levará para o próximo “nível”?
É para isso que serve a rede de relacionamento, o grupo de apoio.
É muito bom podermos estar vivendo em uma época em que as mídias sociais estão em ascensão, pois as pessoas estão entregando muito conteúdo de valor.
Talvez dentro de um desses perfis esteja o insight que estamos precisando ter acesso para irmos para o próximo “nível” nas várias áreas da nossa vida.
Senão, permanecemos em certas áreas da nossa vida que estão “bloqueadas”; ficamos relutantes, fortalecendo o “bloqueio” com pessoas que o fortalecem.
Se o nosso objetivo é melhorarmos a nossa comunicação e estamos em um grupo onde as 5 pessoas que mais nos influenciam se comunicam mal ou consideram que a comunicação, oratória, persuasão e gatilhos mentais são coisas medíocres e inúteis, qual a chance de sermos estimulados para desenvolvermos isso?
Conquistando a mudança de comportamento
O que mais vemos são pessoas reclamando que não têm resultado, mas sem aplicar técnica alguma.
O vendedor medíocre ou o conquistador mediano, tentará aumentar o resultado do final do mês dele sem aplicar técnica. Ou seja, ficará contando com a esperança e a sorte.
Não podemos ficar esperando, precisamos assumir o nosso lugar, parar de querer ganhar e entender a importância de aprendermos a conquistar.
O problema é que a maioria das pessoas têm resistência a entender a palavra ‘conquistar’, porque ela quer dizer “guerra”, dificuldade.
Conquistar é aceitar que uma energia contrária irá lutar contra nós e os nossos resultados.
Às vezes, não enxergamos que a energia contrária é gerada por nós mesmos. Ficamos nos boicotando, nos colocando para trás, cheios de complexos.
Além disso, ficamos contando “historinhas” para nós mesmos do porquê devemos estar onde estamos. Assim, terceirizamos a responsabilidade de nos tirar desse lugar para um “salvador”.
Têm muitas pessoas “bloqueadas” esperando por uma força externa aparecer para resolver os seus problemas; esperando uma solução que vem de fora.
Seja como for, não são os nossos pais que nos tirarão dessa situação, ou quaisquer outras pessoas, seremos nós mesmos que teremos que sair.
Aprendemos a não sermos competitivos, a fugirmos do combate, a esperarmos que algo “caia do céu”. Esse é um dos maiores “bloqueios” relacionados a escassez, execução, comunicação e uma série de outras coisas.
Portanto, quando queremos mudar ou implementar algo de novo na nossa vida, a primeira coisa que temos que fazer é mudar o ambiente.
Se não somos o pilar de contágio do ambiente, precisamos ir para um onde sejamos estimulados a atingir a meta; a uma mudança de comportamento.
O nosso nível de persuasão, magnetismo pessoal, atração, é importante para irmos para o próximo “nível”.